Problema que levou Xuxa à cirurgia é comum em pessoas acima dos 40 e pode dificultar atividades do cotidiano, diz neurocirurgião Marco Moscatelli
A doença se manifesta quando o espaço por onde o nervo sai da coluna (forame) se estreita, comprimindo a raiz nervosa.
Dor lombar irradiada para as pernas, dormência e formigamento, perda de força muscular, dor ao ficar em pé ou caminhar por longos períodos. Esses são alguns dos sinais da Estenose Foraminal. A doença, que atinge a coluna e é comum em pessoas acima dos 40 anos, chamou a atenção nesta semana depois que a apresentadora de TV Xuxa Meneghel se submeteu a uma cirurgia para corrigir o problema, na última segunda-feira (08). O procedimento, cada vez mais comum entre pacientes que buscam alívio rápido e com menor tempo de recuperação, também é uma das áreas de maior expertise do neurocirurgião Marco Moscatelli, que atua em Natal e é referência nacional em cirurgia endoscópica da coluna.
A doença se manifesta quando o espaço por onde o nervo sai da coluna (forame) se estreita, comprimindo a raiz nervosa. “Essa compressão causa dor intensa, formigamentos, perda de força e limitação funcional. Em muitos casos, o desconforto impede atividades simples do dia a dia, como caminhar ou dormir”, explica o especialista.
Segundo Moscatelli, a Estenose Foraminal é uma condição comum, principalmente acima dos 40 anos, mas pode atingir pessoas mais jovens que praticam atividades de impacto ou têm predisposição genética. O tratamento inicial é conservador, com fisioterapia, fortalecimento muscular, analgesia e mudanças de hábitos. Porém, quando não há melhora, a cirurgia passa a ser indicada.
Foi o caso de Xuxa, que optou por uma técnica minimamente invasiva, semelhante à realizada por Moscatelli em seus pacientes. A cirurgia endoscópica da coluna, realizada através de uma pequena incisão de 8 mm, permite a descompressão do nervo com precisão, menor sangramento e recuperação significativamente mais rápida.
“A principal vantagem da endoscopia é tratar a causa da dor preservando ao máximo as estruturas da coluna. O paciente normalmente recebe alta no mesmo dia e retorna às suas atividades em poucas semanas”, destaca o neurocirurgião.
Avanço na região Nordeste
Marco Moscatelli é um dos pioneiros da técnica no Nordeste, já tendo atuado como palestrante em eventos nacionais e internacionais sobre cirurgia endoscópica da coluna. Seu trabalho tem contribuído para difundir a tecnologia e ampliar o acesso dos pacientes a tratamentos modernos, seguros e com resultados expressivos.
“Nosso objetivo é proporcionar qualidade de vida com o menor impacto possível no corpo do paciente. A cirurgia endoscópica é, hoje, uma das maiores evoluções na neurocirurgia da coluna”, conclui.











