Natal sediou campeonato nacional de fisiculturismo com atletas de quatro Estados
Durante a programação, o presidente da Confederação Brasileira de Fisiculturismo, Luiz Tassis Bezerra, concedeu entrevista destacando a importância da competição, que também funcionou como seletiva para torneios internacionais

Natal recebeu, no último dia 20 de setembro, o Campeonato Brasileiro de Fisiculturismo, realizado no auditório do Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure). O evento contou com a participação de atletas do Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco e Sergipe, reunindo competidores em diversas modalidades da prática esportiva.
Durante a programação, o presidente da Confederação Brasileira de Fisiculturismo, Luiz Tassis Bezerra, concedeu entrevista destacando a importância da competição, que também funcionou como seletiva para torneios internacionais, entre eles o Sul-Americano, na Argentina, o Pan-Americano, no México, e o tradicional Mister Universo, na Inglaterra.
Segundo Bezerra, mesmo sendo um campeonato de abrangência nacional, a maior parte dos atletas participantes veio da região Nordeste. Ele explicou que a dificuldade de deslocamento e os custos elevados da malha aérea brasileira ainda limitam a presença de competidores de outras regiões do país.
O dirigente também fez questão de agradecer à Prefeitura do Natal pelo espaço cedido no Cemure, destacando a parceria das secretarias municipais de Educação e de Esporte.
Categorias e premiação
Bezerra explicou que o fisiculturismo contempla diversas categorias, divididas por faixa etária e gênero. No masculino, há competições juniores, sêniores e másteres, com subdivisões para atletas acima dos 40, 45, 50, 55 e 60 anos. Já no feminino, a classificação segue critérios semelhantes, com destaque para as categorias máster (acima de 35 anos), júnior (até 23 anos) e sub-júnior (até 18 anos).
A premiação contemplou os três primeiros colocados em cada categoria, com troféus padronizados e medalhas destinadas a todos os participantes, independentemente da colocação.
Reconhecimento olímpico
Ao comentar sobre a ausência do fisiculturismo no programa dos Jogos Olímpicos, o presidente da Confederação ressaltou que a modalidade, embora antiga e de grande relevância, ainda enfrenta obstáculos para obter reconhecimento oficial do Comitê Olímpico Internacional (COI).
“Desde os tempos da Antiguidade o homem já fazia uso da força e do exercício físico. Hoje, o fisiculturismo, que também é conhecido como musculação atlética, traz benefícios comprovados para todas as idades e condições de saúde. É uma prática que auxilia desde jovens e adultos até pessoas com hipertensão, cardiopatias, deficiência física e até soropositivos. Apesar disso, ainda não foi incluída no programa olímpico”, afirmou Bezerra.
Crescimento das academias em Natal
O dirigente também destacou o crescimento do setor de academias no Rio Grande do Norte. “Quando comecei, Natal tinha apenas três academias. Hoje, são mais de 1.200 espalhadas pela Grande Natal. É mais acessível investir na prática regular de exercícios do que arcar futuramente com os custos de um plano de saúde”, avaliou.
Bezerra lembrou que as academias são fiscalizadas pela Vigilância Sanitária e acompanhadas pelo Conselho Regional de Educação Física do RN, garantindo estrutura adequada e profissionais qualificados para orientar os praticantes.