09/10/2019 às 10h09
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Adrovando Claro
Natal / RN
Por Mycleison Costa
Premiado em Cannes, Bacurau, filme dos diretores Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, conta a história de uma pequena comunidade pernambucana que, além de sofrer com a péssima gestão do governo, passa a se ver atacada por um grupo de americanos que possuem um único objetivo: exterminar toda a população local.
No enredo distópico e sanguinário, o povo bacurauense decide se unir para, ao lado de um fora de lei chamado “Lunga”, se defender dos ataques dos estrangeiros. A história empolga e o tempo sentado na cadeira do cinema parece correr à passos largos, entretanto, como boa obra que é, por traz da ficção contada há uma grande reflexão sobre a atual situação da política brasileira.
Reflexão essa que, segundo a colunista Aparecida Fernandes, é sobre um “poder que resiste e enfrenta a barbárie”, mas que para o historiador Durval Muniz é perigosa, pois extrapola a linha que separa as reações sensatas, frutos de uma resistência inteligente, de um discurso de ódio próprio do fascismo.
Na guerra das reflexões, mesmo gostando de Bacurau, fico com o Durval Muniz. Realmente existe a construção de um discurso extremado, que finda na barbárie e parece se satisfazer com ela. Parafraseando o historiador, alguém gostaria de viver, afinal, sob as rédeas do governo de um Lunga e seus asseclas?
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