21/11/2020 às 16h35
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Adrovando Claro
Natal / RN
André Coutinho*
Uma das mudanças provocas pela pandemia está na necessidade de as organizações repensarem o espaço físico com o objetivo de contemplarem demandas de saúde com operações e negócios.
Nesse sentido, um dos vetores mais relevantes em discussão é a relação entre espaço e experiência. Significa que os ambientes físicos serão reconsiderados, pois, tanto clientes quanto colaboradores, estão priorizando visitas essenciais, buscando segurança sanitária e interfaces sem contato.
Em termos de rentabilidade e investimentos, essa economia espacial, combinada com restrições de capacidade, deve impulsionar o reequilíbrio das carteiras imobiliárias e provocar reflexões sobre as maneiras pelas quais o espaço pode ser usado para gerar valor.
O escritório, que era praticamente obrigatório para as organizações, passa a se tornar um espaço para o relacionamento com clientes, a preservação da cultura corporativa e a integração pessoal das equipes. A situação parece consolidada, e só mudará se as pessoas passarem a ter, no ambiente físico, melhores experiências que as aprendidas durante a pandemia.
Nesse cenário, há subtemas que predominam: repensar o físico, com considerações sobre os usos alternativos do espaço; saúde e segurança em primeiro lugar, muito relacionada com prevenção e proteção; serviços pessoais, com redefinição de espaços para criar valor agregado; economia espacial, com racionalização no uso de imóveis para as finanças se beneficiarem; e interfaces sem contato, com integração da tecnologia para viabilizá-las.
É uma realidade que impõe questões emergentes que precisarão ser respondidas pelas organizações. Sobre espaço físico, importante determinar como elas planejam se reestruturar e ajustar layouts que contribuam para manter o distanciamento social e elevar os padrões de higiene e limpeza.
Na relação das empresas com consumidores, a preocupação é como elas planejam equilibrar as experiências pessoais e a segurança. Em termos tecnológicos, é necessário avaliar se elas estão investindo em tecnologia para aumentar a automação e os recursos sem contato nos seus espaços e, na operação, o importante é saber se elas estão planejando adotar modelos operacionais híbridos e como aumentar as operações remotas para reduzir riscos.
O fato é que a pandemia criou um novo padrão para espaços físicos e as indústrias devem evoluir para atender às novas percepções dos clientes.
Assim que a economia se recuperar e a pandemia se estabilizar, as organizações devem incorporar os novos modelos de gestão, tecnologias de automação e, o máximo possível, interações sem contato.
*André Coutinho é sócio-líder de Advisory da KPMG no Brasil e na América do Sul.
Sobre a KPMG
A KPMG é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory. Estamos presentes em 154 países e territórios, com 200.000 profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. No Brasil, são aproximadamente 4.000 profissionais, distribuídos em 22 cidades localizadas em 13 Estados e Distrito Federal.
Orientada pelo seu propósito de empoderar a mudança, a KPMG tornou-se uma empresa referência no segmento em que atua. Compartilhamos valor e inspiramos confiança no mercado de capitais e nas comunidades há mais de 100 anos, transformando pessoas e empresas e gerando impactos positivos que contribuem para a realização de mudanças sustentáveis em nossos clientes, governos e sociedade civil.
FONTE: Aurelio Guerra
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